Na semana que passou estive em Łódź, Polônia, para a conferência internacional "Meaning, Context & Cognition", na qual apresentei um pouco do trabalho que venho desenvolvendo no doutorado. Para quem se interessar, o resumo do meu trabalho está publicado aqui, nas páginas 102 e 103.
A cidade de Łódź (lê-se /'woodj/
ouça aqui - o significado do nome é "barco") fica bem no centro da Polônia, e possui 26 milhões de pessoas morando lá. Mas não parece. Provavelmente, por causa do frio, as ruas são bem vazias e não há muito tráfego.
Para chegar lá, saí bem cedo de Budapeste e voei até Varsóvia, de cujo aeroporto, Frederik Chopin, fui de ônibus até a estação central (Dworzec Centralny) para pegar um trem para Łódź. Tudo isso me guiando pelos ótimos mapas e livretos distribuídos no aeroporto. Até aí tudo bem. Quando cheguei na estação central, me perdi, pois ela é constituída de muitas galerias. Quando finalmente achei um balcão para comprar o tíquete para o próximo trem para Łódź, descobri que nenhuma das atendentes falava inglês! A primeira palavra que diziam era "Nie", ou seja, "não", mesmo sem saber o tópico da minha pergunta... Isso também acontece bastante em pequenos estabelecimentos em Budapeste, onde "nem" impera. Talvez seja uma negação coletiva à entrada de estrangeiros nesses países, ou uma forma de tapar o sol com a peneira em relação ao problema do turismo com barreira linguística. Se reclamei da Hungria sobre a questão da língua, a Polônia é infinitamente pior. Pouquíssima gente fala (um pouco) de inglês. Por fim, encontrei um rapaz na estação que foi bem legal e me ajudou a comprar a passagem e me mostrou a plataforma de embarque, já que é impossível adivinhar a informação pelo papel que te vendem na estação. A gente tem que procurar a informação em placas totalmente confusas que estão espalhadas pela estação.
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| A estação de trem, ainda em Varsóvia. |
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| O senhor em eterna espera em uma das paradas da viagem |
Felizmente, consegui chegar sã e salva na cidade, que foi construída no século XIX por judeus, alemães, russos e poloneses. Com a 2ª Guerra Mundial, ela foi devastada, mas não foi tão bem reconstruída como Varsóvia. Há sinais da guerra em muitas partes, e a maioria dos locais tem aparência austera e cinza. Ouvi dizer que o povo da cidade está fazendo um esforço para restaurar muitas partes dela.
Łódź é sede de festivais de cinema, design, fotografia e de quadrinhos - infelizmente, nenhum deles estava acontecendo naquela semana. O que há de mais interessante na cidade é a rua Pjotrkowska, pela qual eu e meus amigos italianos, Yhara e Michele, subimos e descemos tiritando de frio. As fotos a seguir não estão em ordem cronológica; selecionei as mais interessantes relacionadas a essa rua, que é cheia de estátuas, como vocês podem ver.
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| A famosa rua Pjotrkowska |
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| Uma das pontas da rua |
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| Yhara e Michele, com nosso novo amigo... |
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| Filando uma leitura |
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No meio da rua há centenas de nomes de pessoas que ajudaram a construir a cidade -
a polícia nos deu uma advertência por tirarmos fotos no meio da rua (onde não passa ninguém!) |
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| Lá? |
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| Arquitetura antiga... |
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| Para cima e avante - sempre! |
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| Bela pintura! |
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| A calçada da fama de grandes nomes que fazem o cinema polonês |
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| Fachada interessante de um bar |
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| Novamente, a arquitetura anterior à Guerra |
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| Encontramos alguns amigos para bater um papo "caloroso" |
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| Estátuas de diferentes tipos pelas ruas |
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| Estátua em homenagem aos 100 anos da instalação de energia elétrica na cidade. |
No próximo post, continuarei falando sobre a minha curta estada em Łódź. Beijos!
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