segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pedalando para Szentendre


No último domingo, dia 29 de maio, Veronika, Karla, Ana e eu levantamos bem cedo para uma "aventurinha" ciclístistica.


Quase fomos afetadas por uma preguicite crônica ao acordar, alegando que poderia fazer frio, mas quando nos demos conta, estávamos dentro do tram a caminho da Margit Híd, onde o dono da locadora de bicicletas esperava por nós (taí a Ana que não me deixa mentir). Passava das 8h da manhã quando nos pusemos a caminho de Szendentre (ver informações aqui e aqui), uma pequena cidade a aproximadamente 25 km de Budapeste. Foi uma viagem "bate-e-volta", como diz a minha amiga Lela, mas valeu a pena para descansar a mente e pegar um pouco de sol e ar puro pelo caminho. Havia esquecido como é bom andar de bicicleta! Talvez seja meu próximo meio de transporte no retorno ao Brasil!

No caminho, ainda em Budapeste, passamos por Óbuda, perto da Ilha Margít, onde há locais de relevância artística:

Na foto ao lado, há uma obra do escultor húngaro Varga Imre Gyüjtemény, na qual mulheres abrigam-se sob guarda-chuvas.










Nós, ainda penteadas e cheirosas...  :P




Fomos perguntando pelo caminho para as pessoas que encontrávamos, e numa dessas surpresas que a vida nos traz, dois húngaros muito gentis que também estavam pedalando nos guiaram até o local, dando dicas que eram traduzidas pela Veronika para nós.



Momento paparazzo: estou ficando craque em tirar fotos! Nesse momento, eu estava sob a  bicicleta em
movimento e consegui capturar um momento de alegria da Karla!


Ainda na estrada, passamos pelo Acquincum, antigamente a capital da província romana da Panónia, e uma das maiores cidades da Europa Central por muitos séculos. Foi descoberta no séc. XIX, e ainda hoje se podem ver os contornos das edificações que ali estavam:




Szentendre ainda possui as ruas feitas com pedras, edifícios coloridos em tons pastéis e igrejas com pináculos altos. A cidadezinha foi erigida por sérvios, no século XVII, mas se pode notar a influência grega também em algumas construções.





Muita, muita gente pelas ruas!





Visitamos o museu da artista Korvács Margit, que fez belas esculturas durante toda a sua vida. Em muitas das obras, pude notar um forte caráter religioso impresso nela, bem como a ideia de que a felicidade seria encontrada no casamento. Para a artista, parece que sua concepção de vida, num contínuo, seria: NASCIMENTO - CASAMENTO - MORTE. Saí de lá discutindo com a minha amiga e poeta Karla Kelsey, que também prefere fugir de tais noções tão rigidamente instituídas. Afinal, é possível e necessário preencher as duas pontas da vida com muito mais do que uma convenção, não é?



Nas ruas, a arte húngara está espalhada por todos os cantos:








E é claro que não dispensamos um bom lángos, feito no forno de barro, para o almoço:


Surpresa! Adivinhem o que eu encontrei por ali?

As legítimas.

Tenho a nítida impressão de que estou ficando muito parecida com meu pai... viemos por um caminho diferente daquele que havíamos feito na ida, e segui a minha intuição para guiar-nos de volta. Não errei nenhuma entrada, nenhum atalho! As placas começaram a aparecer quando estávamos na metade do caminho já, apenas para confirmar que estávamos na direção certa! Quando vimos, estávamos de volta à Margit Híd, e para a vista linda para o Parlamento! Foi um dia extremamente cansativo (mais ou menos 45 km de pedalada entre ida e volta), mas que me renovou inteiramente!

A recompensa: uma imagem linda nos aguardando além da Margit Híd!


Um comentário:

  1. Que lindos lugares para passear de bicicleta. Também quero ser adepta dessa vida saudável, mas aqui no Porto fica um pouco difícil...a cidade é muito acidentada. Na minha próxima parada, numa cidade mais plana...
    Adorei teu passeio "bate-e-volta" hehehe
    Beijos...Lela

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