* Casa do Terror
"The past must be acknowledged..." (Attila József)
("O passado deve ser conhecido...")
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| Fachada da Terror Háza |
Depois de uma semana bem intensa de trabalho, aproveitei que o sol começou a derreter o gelo das ruas e tirei o sábado para descansar e conhecer mais um pedaço da cidade. Fui à Terror Háza, agora um museu, mas que antigamente funcionava como os antigos escritórios da polícia política.
Muita gente sabe que eu gosto muito de História, principalmente a da I e da II Guerra Mundial. Assim, a minha visita a esse local foi um prato cheio pra ver de perto a que ponto o homem pode descer para dominar o outro. O prédio é, em si, um marco, um monumento, às vítimas do terror, e vale a pena ser visitado para que a gente nunca esqueça desse período de injustiça e barbárie.
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| Terror Háza - notem o efeito do sol. - foto retirada daqui |
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Na calçada em frente à Terror Háaza - olhando de baixo para cima...
Monumento em lembrança à "cortina de ferro" que se espalhou pela Europa - e depois pelo mundo todo. A pergunta "Devemos viver como escravos ou como homens livres?" está gravada ao lado.


O prédio testemunhou dois momentos históricos terríveis no século XX. Primeiro, em 1944, durante a dominação do Arrow Cross Party (ou, simplesmente, Partido Socialista Húngaro), o local era o ponto central do Nazismo húngaro (embora fosse apenas uma variação do Nazismo alemão, as semelhanças são muitas entre ambos). Foi nesse período que o governo, sob a justificativa de formar uma raça pura, exterminou entre 10 e 15 mil pessoas, e mais de 80 mil foram deportadas para morrer no campo de concentração de Auschwitz, na Alemanha. No segundo momento, entre 1945 e 1956, o local foi casa de terror das organizações comunistas, ou o Departamento da Polícia Política, em que as autoridades reduziam as pessoas a simples coisas. Por isso, matavam sem hesitar, torturavam a fim de conseguir confissões, enviavam essas pessoas para a forca, para prisões, ou a campos de trabalho.
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| Hall de entrada |
Na entrada já há um impacto visual e auditivo. O marco logo no início e os sons lúgubres que tomam o ambiente dão uma impressão de "peso". Esse vai se transformando em angústia à medida que caminho pelo local. No centro do prédio há um tanque de combate e fotos de centenas de pessoas que foram mortas ali.
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| Tanque da época |
Caminhando pelo porão, a sensação de ansiedade aumenta, porque há ali as celas onde as pessoas esperavam a morte, com fotos daqueles que ali ficavam. Há, também, várias referências às torturas: solitária, sala de interrogatório, salas de punição, forcas. Pertences das pessoas estão expostos em vários lugares, bem como suas fotos. Há vídeos com depoimentos, e é válido parar por alguns minutos e assisti-los. É aterrorizante pensar que todos esses eventos macabros tenham ocorrido ali.
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| Corredor com fotos das vítimas |
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| Parede de uma das salas com a correspondência das vítimas. Essa entrada aí à esquerda dá para outras celas, já que as prisões se estendiam em formato de labirinto pelo subterrâneo da Andrássy Út. |
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| Arma utilizada na época |
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| Objetos da época |
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| Detalhes do casaco |
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| Adentrando as celas |
Como as fotos da minha câmera não ficaram muito boas nessa parte, peguei emprestado as 4 próximas fotos desse blog.
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| Visão de dentro de uma das celas. |
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| Uma das celas |
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| Sala de interrogatório / tortura |
Os andares superiores mostram um pouco da política Nazista e do comunismo através da exposição de objetos de guerra, fotos e muitos vídeos da época. Como não é permitido tirar fotos do local, extraí do Google algumas imagens para vocês terem uma ideia do que eu vi lá (cada imagem tem a referência embaixo, é só clicar para ir à fonte).
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| No centro dessa sala há um manequim em pé com uma projeção do rosto de Ferenc Szalasi, líder do Arrow Cross Party húngaro. Ele foi o "Hitler húngaro", e seus homens executaram entre 10 e 15 mil judeus. Após a II Guerra, foi executado pelos Soviéticos pelos crimes de guerra - Clique para ver a fonte |
Saí dali quando o sol estava querendo ir embora...
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| Andrássy út 60 |
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| Aqui também tem um Moulain Rouge! |
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| Batendo um papo cabeça com o carinha aí em cima |
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| Coisas que a gente encontra assim, de repente, no meio da calçada... |
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| Sunset! |
Tarde impressionante... e inesquecível!
Putz... difícil acreditar que isso um dia aconteceu e que existam pessoas capazes de coisas tao horríveis!
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