quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Novas cores em Budapeste!

No último domingo, São Pedro enlouqueceu e resolveu nos brindar com um dia maravilhoso de sol e com uma temperatura de +12ºC. Inacreditável! Sábado já havia sido um dia lindo, mas fiquei o dia inteiro em casa tentando dar cabo de um texto que ando escrevendo para minha pesquisa (de fato, só consegui terminá-lo na última madrugada...). Só que não sair em um domingo lindo desses é até covardia! Por isso, chega de fotos acinzentadas! As de hoje estão cheias de cor! 
Aliás, sr. Chico Buarque, Budapeste não é amarela, mas bege, ou, forçando, um amarelo beeem pálido. Cá para nós, talvez o personagem do livro ("Coxxta" José) estivesse tão imerso em paixão que só conseguia perceber e conceitualizar as coisas de uma maneira mais viva e brilhante. Além disso, a escolha do amarelo serviu para dar ênfase ao turbilhão de emoções que o personagem vivia, já que ele muito bem poderia ter visto Budapeste com suas cores neutras mesmo... 
Certo, certo, eu não vou continuar, senão vou me empolgar e ficar divagando sobre minha pesquisa em conceitos de emoções, e não é o que vocês querem saber aqui, é? Mas, em outras palavras, trata-se do mesmo pressuposto para a história de que o Danúbio fica azul quando nos apaixonamos... só porque quem está nesse estado vê as coisas com cores muito mais vibrantes. 

Havia combinado com a Daniela um almocinho em um restaurante espanhol perto da universidade, e chamei a Reetta para ir conosco. Como saímos com bastante antecedência de casa, atravessamos o parque que fica na frente do prédio, em Városliget, e nos encaminhamos para a Hősök Tere (Praça dos Heróis). 


Cachorro perdido no parque... vontade de levar pra casa!



No meio do verde nos deparamos com o Castelo Vajdahunyad, que, como eu li depois, foi uma tentativa de Ignác Alpár de mostrar a evolução da arquitetura húngara em um só edifício. Por isso, o prédio é uma mistura dos estilos renascentista, gótico, barroco e romântico. Mesmo com essa "salada", o lugar ficou lindíssimo, como vocês podem ver. 

Castelo Vajdahunyad


A Hősök Tere, que fica a alguns metros à frente, foi concebida para comemorar o milênio da nação húngara, em 1896, mas os monumentos só foram terminados em 1929. Tratam-se de estátuas de alegorias e dos heróis da pátria que estão abrigadas em colunatas. No alto da coluna central, está representado o Anjo Gabriel, que teria aparecido a Santo Estevão, ou Szent István - aquele da mão mumificada, lembram? -, e ao qual ofereceu a coroa do reino magiar. Na base da coluna, estão representados os sete chefes das tribos magiares que se instalaram na Hungria.


Eu sou esse ponto preto de braços abertos na frente dos monumentos...
Os chefes magiares e eu!
Detalhe de uma das estátuas do monumento

A Chinesa aí do lado queria sair na foto comigo.

Almoçamos no El Bocadillo (valeu pela sugestão, Raquel!) esse prato maravilhoso (Piaddina), para ser degustado aos "bocadinhos":

Provando para a família que as minhas respostas às perguntas aflitas são reais:
"Sim, pai, estou comendo muito bem!"
&
"Tita, não estou esquecendo de comer, não!" 
Com Daniela e Reetta


Acabamos esticando para uma caminhada até o Gellért-Hegy (Monte Gellért), porque suspeitamos que a vista de Budapeste nesse dia estaria muito melhor do que nos dias nublados em que estive ali. A vista, na verdade, era mais linda do que imaginávamos! Não lembrava em nada o cinza que eu vi quando subi lá, sozinha, nos meus primeiros dias em Budapeste.


A travessia pela ponte Erzsébet...


Vista para a Ponte Szabadság

Do outro lado, o Castelo de Buda

Vista para o porto, ali atrás
Szent Gellért szobor - hoje sem nevoeiro!


Uma "pequena" subida e "alguns" degraus...

No alto do Monte Gellért, há a Citadela, construída para intimidar os cidadãos de Budapeste após a Revolução "falhada" de 1898-1849. Na verdade, o local nunca chegou a ser utilizado para reprimir novas revoltas, pois os húngaros conseguiram resolver os problemas de forma pacífica. As forças austríacas ocuparam a citadela até 1897, embora a Hungria tenha conseguido independência parcial muito antes (1867).

Szabadság Szobor ("Estátua da Liberdade")

Compartilho por vocês algumas imagens da subida até o alto do Monte Gellért:

Erzsébed Híd

Nova perspectiva para o Castelo de Buda

Vista para a Erzsbét Híd


Vista para duas pontes: Szadság Híd e Petöfi Híd

Os famosos banhos Gellért


As próximas imagens foram feitas lá no alto, já ao lado da Citadela, onde está o Monumento da Libertação, erigido pelo Exército Vermelho para celebrar a vitória dos alemães em 1945. Esse foi esculpido por Stróbl, em 1943, em memória do filho do almirante Horthy, dirigente pró-nazista (uma ironia, não?), que desapareceu em um combate aéreo em 1942.


A Estátua da Liberdade tem em suas mãos uma folha de palmeira, e se situa
entre dois Apolos (O progresso e A luta contra o mal)

Apolo: O Progresso

Reetta em frente a um dos Apolos: A luta contra o mal 
Canhões na Citadela

Uma das entradas da Citadela

Pequena exposição permanente


Mais um fim de tarde cheio de cores:


Quase um cenário onírico!




Castelo de Buda e Ponte das Correntes

Castelo de Buda - mais um ponto de vista
Caminhada de volta para Peste 

Detalhe da estrutura da Ponte Erzsébet


Igreja Paroquial do centro da cidade emoldurada pela ponte


Um fato curioso sobre o local acima: após a II Guerra Mundial, essa igreja do século XIV quase foi destruída para dar lugar à Ponte Erzsebét, mas os construtores mudaram de ideia na última hora. É o edifício mais antigo de Peste.




*** Pessoal, a minha intenção quando iniciei este blog era de postar com mais frequência, mas a minha pesquisa está me tomando dias - e, muitas vezes, noites - inteiros! Sorry!

2 comentários:

  1. Ai, que cidade linda essa que a gente mora!!! :) Adorei a foto das quesadillas e os créditos, hehe. beijos

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  2. Lindissimas as fotos!!! E ainda tranquilizou a italianada com a foto do bocadillo!! hahaha!!! Muito legal! Essa semana me disseram que esta e uma das cidades mais bonitas da Europa..tem tudo pra ser mesmo! Beijaooo!!!

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